Representantes da Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO) e de dezenas de secretarias municipais de Saúde participaram da segunda reunião ordinária da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) de Goiás, nesta terça-feira (26) quando se discutiu e pactuou ações na área da saúde no Estado. São ações para regionalização da saúde, destinação de verbas federais e oferta de cursos foram algumas das pautas abordadas.
Uma das decisões pactuadas pelos gestores municipais foi a nova destinação para a estrutura física onde seria instalada uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Porangatu, que agora vai abrigar quatro diferentes serviços: Ambulatório de Especialidades, Complexo Regulador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Farmácia Básica para dispensação de medicamentos e Laboratório de Análises Clínicas.
A alteração foi definida pelo secretário Ismael Alexandrino, em visita à cidade no dia 19 de fevereiro, conforme acordado na primeira reunião da CIB, quatro dias antes.
Também foi acordado um novo uso para a UPA que está sendo construída em São Luís de Montes Belos. A unidade vai funcionar anexa à Policlínica regional, que também está sendo erguida no município. As duas unidades serão integradas e irão compor um complexo de saúde. “Nossa ideia é ampliar os serviços que serão ofertados naquela região. Com o objetivo de regionalizar a saúde, a integração das unidades permitirá levar atendimentos especializados, como o serviço de prevenção ao câncer”, anunciou Alexandrino.
A pauta do Instituto Goiano de Pediatria (Igope) pedindo descredenciamento do Sistema Único de Saúde (SUS) preocupou o secretário que, de imediato, solicitou o agendamento de uma reunião com a secretária de Saúde de Goiânia, Fátima Mrué, o superintendente de Acesso a Serviços Hospitalares e Ambulatoriais da SES-GO, Sandro Rodrigues, e os diretores do hospital.
Para o secretário, esse descredenciamento prejudicaria aqueles que buscam por atendimento pediátrico e lembrou que o foco da atual gestão é o inverso disso, que é aumentar os leitos disponíveis ao público. “Quero pessoalmente me reunir com os diretores desse hospital para avaliar uma maneira produtiva para ambas as partes, com o principal intuito de oferecer atendimento de qualidade para as mães que procuram por atendimento infantil”, afirmou.
Verbas
Também foi pedida, pelo secretário, a inclusão de pauta para pactuação de incorporação de R$ 53 milhões anuais ao teto de média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar (MAC), advindos de serviços prestados em 2018 e não informados pelos municípios de Goiânia e Anápolis ao Ministério da Saúde (MS). O gestor explicou que Goiás e, consequentemente, os municípios goianos têm deixado de receber do MS milhões de reais há mais de cinco anos. Por isso a importância de pactuar em CIB esse resgate de recursos em benefício à saúde em Goiás e sem prejuízo aos dois municípios citados.
Após a exposição dos valores e a necessidade da inclusão desse montante para a saúde estadual, o secretário conclamou os gestores a aprovarem a decisão. “Esse dinheiro será um diferencial para nossas unidades e, se aprovado aqui, levarei pessoalmente, ainda hoje, ofício ao MS. Precisamos dessa verba o quanto antes e não podemos prorrogar”, avaliou. A pauta foi aprovada pela maioria.
Para encerrar sua participação na reunião, Alexandrino agradeceu a compreensão e o apoio para resgatar esses valores do MS e se colocou à disposição de todos os gestores na busca de aperfeiçoar a saúde em Goiás. “Precisamos dar mais resolutividade para a questão da saúde, diminuir os processos burocráticos pra facilitar o acesso da população ao que realmente importa, o atendimento de qualidade”, defendeu.
Assessoria de Comunicação da AGM
Fonte: SES-GO