Realizada em Caldas Novas mais uma edição do Diálogo Municipalista ? Região Centro-Oeste, organizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). O presidente da Associação Goiana de Municípios (AGM), Cleudes Baré Bernardes, participou do evento, que teve início nesta quarta-feira (11) e termina nesta quinta-feira (12).
Na ocasião, Cleudes Baré coordenou as atividades do Painel que discutia a gestão dos resíduos sólidos e teve a participação do secretário de Meio Ambiente do Estado de Goiás, Vilmar Rocha. Além deste tema, os gestores municipais buscaram no evento soluções para amenizar a crise financeira que se instalou, sobretudo, nos municípios.
Entre os temas da programação estão a reforma do Pacto Federativo, considerado a causa prioritária do movimento municipalista, o desenvolvimento local sustentável, a judicialização das políticas públicas, o financiamento da educação municipal e a lei de Responsabilidade Fiscal.
Cleudes Baré, em discurso, afirmou que o país vive um ?momento inglório? com a política e a economia. ?Infelizmente este modelo federativo estrangula os prefeitos. Podemos perceber que todos os prefeitos estão com problemas judiciais. Isso afasta o desejo de ser homem público, torna o político sem importância. Enquanto isso não mudar, o Brasil não muda. Quanto tem de dinheiro e quem fica com ele? Quais são as obrigações e a quem elas foram dadas? Se a mudança não ocorrer, vamos ficar vivendo com inglórias?, destacou o presidente da AGM.
Baré ainda destacou a importância da realização de eventos como o Diálogo Municipalista. ?É fundamental que os prefeitos troquem experiências e apoiem uns aos outros, em busca de soluções comuns para os problemas que afetam hoje os municípios. Esse debate e esse intercâmbio de informações permitem uma gestão mais planejada e eficiente?, afirmou.
Para o presidente da AGM, além da reforma do Pacto Federativo é necessário que haja uma discussão acerca das competências de cada ente. ?Há uma centralização de recursos na União e, por outro lado, uma centralização de competências nos municípios. Precisamos equilibrar isso e distribuir isso de forma mais isonômica?, defende Cleudes Baré.
Myla Alves ? Assessoria de Comunicação da AGM