Quatro mil vagas de capacitação profissional serão disponibilizadas para os trabalhadores goianos. A oferta acontece após a celebração de um Acordo de Cooperação Técnica entre a Secretaria do Desenvolvimento (SED) e o Ministério de Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O lançamento das vagas ocorreu na tarde desta sexta-feira (04), durante solenidade no Auditório Mauro Borges, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, na qual o presidente da Associação Goiana de Municípios (AGM), Cleudes Baré Bernardes, esteve presente.
Ao todo, serão oferecidos gratuitamente 54 cursos que integram o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) do Setor Produtivo. Nesse caso, as capacitações são voltadas especialmente para o as demandas apresentadas pelas empresas e pelos Arranjos Produtivos Locais. Em Goiás, as vagas estão distribuídas em 43 municípios e atenderão setores como industrial, de confecções e apicultura.
De acordo com o empresariado, essas áreas apresentam os principais gargalos em que falta mão-de-obra qualificada. Segundo a SED, as matrículas ainda podem ser realizadas até o dia 18 deste mês. O início das atividades também está previsto para a segunda quinzena de novembro.
?É um desafio nosso promover a qualificação e superar esses gargalos no setor produtivo. O estado de Goiás ganha um profissional qualificado e tem ganhos de produtividade e de competitividade da economia goiana?, ressaltou a chefe de Gabinete de Gestão da Educação Profissional da SED, Soraia Paranhos.
O diretor de Tecnologias Inovadoras do MDIC, Rafael Moreira, afirma que, a partir do mapeamento das demandas no setor produtivo, o Ministério consegue alocar recursos federais para a realização dos cursos de capacitação. ?Queremos que essas pessoas sejam treinadas, qualificadas e consequentemente empregadas?. Ele destaca que anualmente chegam a ser mapeadas 400 mil vagas. Desse total, cerca de 8% estão em Goiás. ?Nós conseguimos com os cursos ter uma taxa muito boa de empregabilidade, cerca de 60, 70% das pessoas saem empregadas das capacitações?, comemora.
Segundo Rafael, Goiás é um exemplo no processo de capacitação e de educação profissional. ?Nesse momento em que o Brasil trabalha para sair da crise, trabalhar na qualificação é importantíssimo para fazer com que as empresas voltem a investir e a contratar. Com os cursos, conseguimos gerar emprego, renda e empreendedorismo e isso tem acontecido no estado?, pontua.
Desenvolvimento econômico e humano
De acordo com Cleudes Baré, Goiás ?vem se configurando no cenário nacional como um estado de vanguarda no que diz respeito a essa sinergia entre o setor produtivo e as políticas públicas de desenvolvimento e de geração de emprego e renda?. Ele destaca que a capacitação profissional é fundamental para o crescimento industrial e econômico do estado, já que as grandes empresas, na hora de contratar, buscam trabalhadores qualificados.
?Essas políticas qualificam as pessoas para o mercado de trabalho, transformando totalmente o cenário social, econômico e cultural dos municípios. Com elas, é possível melhorar a qualidade de vida das pessoas através da promoção de emprego e renda. A AGM reconhece a importância disso e incentiva os prefeitos a estabelecerem parcerias para que cada vez mais essas ações cheguem aos municípios, a fim de que as pessoas que ali residem possam ter acesso a esses cursos. Isso muda a realidade de uma cidade e de uma região, possibilitando que os empregos possam ser criados lá no município, sem que o cidadão tenha que se mudar em busca de trabalho?, salientou o presidente da AGM.
O governador Marconi Perillo destacou que a SED, além de ser a grande indutora do processo de desenvolvimento econômico e regional do Estado, cuida também do desenvolvimento das pessoas. ?Não podemos falar em desenvolvimento econômico, sem falar em desenvolvimento humano, e é isso que a capacitação profissional faz. Queremos investir ainda mais, firmar mais parcerias para preparar as pessoas. Um bom emprego exige uma boa formação. Vamos preparar Goiás não para o futuro, mas para o presente. É preciso que a nossa mão-de-obra seja urgentemente cada vez mais qualificada para atender as empresas que estão aqui e que ainda virão para o Estado?, concluiu.