O prefeito de Itajá, Luciano Leão, visitou nessa sexta-feira (28) a Associação Goiana de Municípios (AGM), quando foi recebido pelo presidente da entidade Cleudes Bernardes Baré.
O objetivo da visita foi de se obter informações sobre o repasse de recursos federais e estaduais que estão em atraso, ocasião em que foi informado sobre todas as ações da Associação no sentido de que esses repasses sejam atualizados o quanto antes.
O município tem pendências de recursos com o setor de saúde e na
alimentação de reeducandos do sistema prisional. Cleudes Baré informou que ainda nessa semana esteve reunido com a secretária estadual da Fazenda, Ana Carla Abrão, e com o secretário estadual da Saúde, Leonardo Vilela, tratando da atualização de repasses das verbas destinadas ao Programa de Saúde da Família. A informação obitada pro Baré é de que tão logo o estado receba os recursos provenientes do Fundo de Exportação (FEX), que também está em atraso, vai atualizar a situação junto aos municípios. ?Estamos em constante diálogo com secretários estaduais e com o governador Marconi Perillo, que é um governante municipalista e entende o nosso sofrimento, mas os estados também passam por dificuldades financeiras, o queé compreensível?,salientou.
Fim de gestão
O prefeito Luciano Leão diz que está preparando sua administração para
a mudança de gestão no dia 1º de janeiro. Segundo ele, a exemplo do que
vem ocorrendo em outros municípios, ?está bastante difícil de se
colocar as contas em dia para entregar a administração ao futuro
prefeito cumprindo todas as exigências da Lei de Responsabilidade
Fiscal?. Com a atualização dos repasses federais e estaduais esse
processo será facilitado, mas, mesmo assim, o ano de 2017 será bem
mais difícil do que 2016, acredita ele.
A atual administração já adotou inúmeras medidas de contensão de
gastos e despesas para sanear as finanças do município. Ele cita a
dispensa dos servidores comissionados e os cortes no setor de saúde.
?Hoje temos apenas dez servidores comissionados. Na saúde foi criado o
consórcio municipal que ajudou muito, mas mesmo assim com as medidas
que adotamos o atendimento à população foi afetado, lamentavelmente?,
afirmou.
Para exemplificar a situação financeira porque passa o município
Luciano Leão citou a queda dos repasses do FPM em torno de 10%. No
caso de Itajá foi bem maior a redução. O município recebeu no mês de
janeiro desse ano cerca de R$ 600 mil e nesse mês de outubro apenas R$
300 mil.
O presidente da AGM, Cleudes Baré, também enfatizou a grave crise
financeira porque passam as prefeituras e orientou os atuais prefeitos
para que tenham o maior cuidado quanto ao cumprimento da legislação
para o encerramento de seus mandatos, evitando assim problemas
futuros. ?Lembramos que a AGM possui uma competente assessoria técnica
disponível aos prefeitos para auxiliá-los nesse trabalho?, concluiu.