Apenas os anos iniciais do Ensino Fundamental alcançaram a meta estabelecida pelo Ministério da Educação (MEC) no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2017. O resultado foi apresentado, durante coletiva de imprensa que divulgou o retrato da qualidade do ensino no país.
Com a nota de 5,8, as séries iniciais ultrapassaram em 0,3 pontos percentuais a meta definida pela pasta, permitindo que o Brasil possa antecipar a média de 6 pontos para esta etapa de ensino de 2021 para 2019, de acordo com o ministro da Educação, Rossieli Soares. “Continuamos a cumprir as metas estabelecidas, e se continuarmos com esta taxa de sucesso, temos a tendência visível de que alcançaremos os resultados estabelecidos antes do prazo projetado”, explicou.
Analisando todas as redes de ensino (estadual, municipal, privada), os maiores destaques foram para o estado do Ceará, que superou a meta proposta para 2017 em 1,4 ponto. Além deste, outros seis estados alcançaram a média de 6,0 ou ultrapassaram: Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Goiás, e o Distrito Federal.
Com 71,5% escolas de um total de 131 mil unidades de ensino da educação básica do país oferecendo alguma etapa do ensino fundamental, o ministro destacou o papel dos municípios no alcance dos bons resultados da avaliação nacional. O Ideb 2017 apontou que dos 10,4 milhões de alunos, a rede municipal de ensino tem uma participação de 68% no total de matrículas dos anos iniciais, concentrando mais de 83% dos alunos da rede pública. “O resultado do Ideb, ao menos 2/3 dele, se deve aos municípios. Assim, é inegável o peso e a importância das redes municipais para o Brasil”, comentou.
Compondo a mesa responsável pela apresentação dos resultados do Ideb, o Dirigente Municipal de Educação de Goiânia/ GO, presidente da Undime Goiás e da Undime Região Centro-Oeste, Marcelo Ferreira da Costa, destacou a importância da apropriação de dados estatísticos para promover a melhoria da educação.
“O acompanhamento da educação é o segredo para que possamos ter uma educação de qualidade. O Ideb se destaca como uma das principais ferramentas de acompanhamento porque consegue comparar as escolas no tempo e no espaço. A escola pode comparar suas notas ao longo dos anos e pode se comparar com escolas de sua região, do seu município, do seu estado e do país, garantindo, assim, a partir dos dados, ações necessárias para a melhoria da qualidade do ensino no Brasil”, afirmou.
Durante a coletiva, o ministro voltou a frisar a importância do Regime de Colaboração para execução das consultas públicas nos estados e para a construção dos currículos que subsidiarão a formulação da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ensino Médio. Destacando o papel da Undime e demais entidades da área educacional, Rossieli afirmou que o Brasil está promovendo avanços importantes para reduzir a desigualdade entre os sistemas de ensino no país.
Assessoria de Comunicação da AGM
Fonte: Undime