Mais de 400 pessoas participaram do VII Seminário “O Ministério Público e a Gestão de Resíduos Sólidos e Logística Reversa”. A Associação Goiana de Municípios (AGM) apoiou o evento trabalhando na divulgação e na mobilização. Ele foi destinado a integrantes do MP-GO, representantes de Secretarias Municipais de Meio Ambiente de todo o Estado, prefeitos, empresariado e profissionais e promovido pela Associação Brasileira do Ministério Público do Meio Ambiente e MP-GO.
Vários prefeitos, vices e secretários municipais do meio ambiente participaram. A prefeita da Cidade de Goiás, Selma de Oliveira Bastos, fez parte na composição da mesa representando a Associação Goiana de Municípios (AGM).
O Coordenador do CAO do Meio Ambiente do MP-GO, promotor Dr Delson Leone, avaliou como “muito grave a situação da destinação dos resíduos sólidos em Goiás, com a utilização dos lixões os quais poluem o meio ambiente e trazem riscos à saúde da população”. Para tanto citou que “apenas 10 dos 246 municípios goianos possuem aterros sanitários de acordo com a exigência da legislação, o que é muito pouco, levando se em conta que a lei está em vigor há muitos anos”.
O vice-presidente da Abrampa, José Eduardo Ismael Lutti destacou a importância do evento que vem sendo promovido pela entidade em todo o país. “Ao Ministério Público cabe apenas conscientizar os prefeitos e alertá-los para a necessidade deles adequarem seus municípios ao que prevê a lei. O problema é muito grave e pouco tem sido feito para solucioná-lo”, salientou.
A prefeita Selma Oliveira, representante da AGM, destacou que o principal problema é a falta de recursos para os municípios implantarem os projetos que são muito caros. “Na Cidade de Goiás já fizemos todos os levantamentos e teríamos que dispor de pelo menos 5 milhões de reais de investimentos, o que está totalmente fora da realidade financeira do município”. Seu ponto de vista é compartilhado pelo prefeito de Pirenópolis, João do Léo. No município foi construído no passado um aterro sanitário que, por falta de manutenção, se transformou num lixão a céu aberto. “Na cidade são coletadas cerca de 35 toneladas de lixo por dia. Reconhecemos a gravidade do problema e queremos resolver. Mas pedimos socorro a União e ao Estado para que nos ajudem”, afirmou.
Já na cidade de Nerópolis, situada na Região Metropolitana de Goiânia, o prefeito Gil Tavares resolveu o problema terceirizando o processo de destinação dos resíduos que são levados para Guapó. “Gastamos uma media de 120 mil reais por mês, mas fica mais barato. Entretanto, é fundamental a adotar a política de reciclagem através da coleta seletiva”.
Também participaram do seminário entidades como a Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro), a Coalização Embalagens, a Associação Ambiental para Coleta e Gestão do Óleo Lubrificante Usado (Ambioluc), o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), a Associação Brasileira de Produtores de Lata de Alumínio (Abralatas), a Cooperativa Rama de Goiânia e a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes) também integram os diversos painéis previstos no seminário.
Assessoria de Comunicação da AGM