Há 16 anos as mulheres são a maior parte do eleitorado brasileiro. Mas, em 2016, um novo fenômeno vai acontecer pela primeira vez. Nas eleições municipais deste ano as eleitoras serão a maioria nos 26 Estados do país. As mulheres cadastradas na Justiça Eleitoral são 75.226.056 de um total de mais 144 milhões votantes, ou seja, 6,4 milhões a mais de mulheres do que homens.
Em porcentagem, o Estado do Rio de Janeiro é onde está a maior quantidade de eleitoras, com 53,48%, Pernambuco vem na sequência, com 53,42%, e Alagoas, com 53,22%. Já os Estados de Tocantins (50,03%), Mato Grosso (50,24%) e Pará (50,24%) são as unidades da Federação onde a diferença entre mulheres e homens é menor. No Rio Grande do Norte, estado pioneiro no reconhecimento do voto feminino, 52,55% dos eleitores são mulheres.
A cada eleição é possível perceber o crescimento do número de mulheres que participam do processo como votantes. Em 2008, havia uma maioria feminina no universo de 130 milhões de eleitores. De total, 51,7% eram mulheres. No pleito de 2010, elas somaram 51,82% dos 135 milhões de eleitores. Já nas eleições de 2012, as mulheres representaram 51,9% dos 140 milhões de eleitores.
E se de um lado elas são a maioria de votantes, do outro são a minoria de candidatas. Nas eleições deste ano, apenas 31% dos candidatos são mulheres. As mulheres ocupam hoje baixos percentuais de vagas nos cargos eletivos no Brasil. São 10% dos deputados federais e 14% dos senadores, apesar de serem metade da população e da força de trabalho na economia. O percentual é idêntico nas Assembleias Estaduais e menor nas Câmaras de Vereadores e nos poderes Executivos.
Fonte: Klau Bueno – Assessoria de Comunicação da AGM, com informações do TSE