O Durante três horas o governador Ronaldo Caiado coordenou uma reunião que teve como objetivo fazer uma avaliação do comportamento da expansão da Covid 19 no Estado de Goiás e medidas que devem ser adotadas. Participaram os presidentes de todos os Poderes, Tribunais, deputados, senadores, presidentes de entidades e prefeitos.
O presidente da AGM, Paulo Sérgio de Rezende (Paulinho) também participou. Inicialmente foram apresentados os resultados de um estudo que vem sendo feito por um grupo especial da UFG sobre a expansão da contaminação do vírus no Estado tomando por base as medidas preventivas, como o isolamento social. Até o momento todas as previsões feitas pelo grupo foram confirmadas, o que garante a credibilidade no trabalho.
Se a situação for mantida como está, com baixo índice de isolamento e flexibilização, em muito breve o sistema de atendimento de saúde deve entrar em colapso com os leitos de UTIS todos ocupados já a partir do final da primeira quinzena de julho. Para o final de setembro o número de mortos poderá chegar a 18 mil. Segundo o coordenador do estudo, professor Thiago Rangel, com a adoção de medidas já a partir de agora esse número poderá ser reduzido pela metade. Como constatação até agora, comprovou-se que o isolamento social reduz a velocidade de transmissão do vírus o que propicia maior capacidade de atendimento por parte da rede hospitalar, hoje considerada frágil. No último mês houve uma expansão maior da doença nas cidades do interior.
Como sugestão apresentada, e acatada pelo Governo do Estado, está a implantação do “isolamento intermitente” com a alternância de um período de 14 dias de completo isolamento, permitindo o funcionamento de apenas atividades estritamente essenciais, e outros 14 de flexibilização de acordo com as condições sanitárias.
O secretário estadual da Saúde, Ismael Alexandrino, apresentou números do último relatório dando conta de que em Goiás até o início da manhã dessa segunda-feira (29) haviam 56.032 casos suspeitos, 21.927 confirmados e 435 mortes. Só nas últimas 24 horas haviam sido registrados 8 óbitos só no hospital de campanha em Goiânia. O secretário também anunciou a suspensão das cirurgias eletivas devido a escassez de medicamentos. Alertou que o problema de atendimento a partir de agora não se restringe a expansão do número d eleitos e aquisição de medicamentos, mas também da falta de profissionais treinados para esse tipo de atendimento.
O presidente da AGM, Paulinho, hipotecou apoio as medidas sugeridas pelas autoridades de saúde e lamentou o fato de que em muitos municípios opositores estão utilizando a pandemia para tirar proveitos políticos.
Todos os representantes de poderes e de tribunais hipotecaram apoio a medida. Vários presidentes de entidades que integram o Fórum Empresarial participaram da videoconferência mas não quiseram se manifestar sobre as medidas.
Apenas o presidente da Adial, Otávio Lage Filho, que solicitou ao Governo maiores condições para a realização de testes nos trabalhadores das empresas do comércio e da indústria.
O prefeito de Goiânia, Iris Resende, afirmou que a prefeitura da Capital está adotando todos os esforços, ampliando a rede hospitalar, e que vai aderir as medidas.
Ao encerrar a reunião o governador Ronaldo Caiado fez um apelo a população para que colabore e adote as medidas necessárias. Também pediu o apoio dos prefeitos, uma vez que os municípios têm a liberdade de aderirem ou não a esse “fechamento social”.
Entretanto, Caiado alertou “não dá mais para achar que está tudo bem. Que pode continuar. Não vai acontecer nada disso. O momento exige agora responsabilidade de todos”, salientou, alertando a todas as autoridades que cada um deve assumir o risco das decisões. “Quando aumentar o número de mortos e o paciente não encontrar mais leito de UTI para atendimento podem ter a certeza que a população vai cobrar daqueles que se omitiram”, frisou.
Anunciadas as medidas, de imediato, a AGM e a FGM, decidiram promover nessa terça-feira (30), às 10 horas, uma videoconferência com as participações de todos os prefeitos para uma avaliação dessas medidas, bem como a sua adesão.
Assessoria de Comunicação da AGM