A proposta da Reforma Tributária continua tramitando no Congresso Nacional e, se depender do desejo do Governo Federal, ela deverá ser votada no mês de julho. Ela deve afetar toda a economia nacional, da produção ao consumo. Mas os Estados e municípios serão os mais afetados com as mudanças no sistema de arrecadação. O governador Ronaldo Caiado foi um dos primeiros no país a se posicionar com restrições ao teor e a forma de condução da matéria.
Para promover uma ampla discussão sobre o assunto o governador promoveu uma reunião no auditório Mauro Borges, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, com as participações de representantes de todas as entidades que representam o setor econômico estadual, prefeitos e deputados federais. O presidente da Associação Goiana de Municípios, Carlão da Fox, também participou ao lado de inúmeros gestores.
“A minha posição é simplesmente contrária a essa proposta. Mas sim aquilo que foi apresentado como sendo uma reforma tributária. Estamos abertos ao debate e queremos ter a certeza do que vai acontecer conosco. É importante que se respeite a vontade do povo e a constituição o qual reconhece Estados e municípios como entres federados. É bom deixar claro que não sou contrário a uma reforma, mas sim a essa proposta”, salientou o governador Ronaldo Caiado.
Praticamente há unanimidade de posicionamento de todas as entidades goianas participantes da ruenião sobre essa proposta, com inúmeras críticas e alerta quanto aos malefícios que ela poderá trazer.
Críticas dos municípios
“Se passar da forma como está a proposta, os prejuízos para os municípios serão enormes. É muito importante a iniciativa do governador em promover essa reunião. Temos que nos unir e nos posicionar sobre ela pois essa matéria pode ser votada a qualquer momento”, afirmou o presidente da AGM, Carlão da Fox.
ADIAL
O presidente da Associação Pró-desenvolvimento Industrial (ADIAL), em nível nacional, José Alves, também participou da reunião ocasião quando afirmou que “essa proposta é altamente destruidora da economia nacional. Tem nas entrelinhas vários pontos que atacam o agronegócio, o setor de serviços, as indústrias. O fim dos incentivos fiscais será muito prejudicial a economia goiana”.
FIEG
O presidente da FIEG, Sandro Mabel, destaca que, de acordo com a proposta, “os municípios passarão a receber uma mesada. A preocupação da indústria nacional é grande. A reforma do jeito que ela foi proposta vai centralizar tudo no Ente só, a União. Essa reforma está errada e é importante a união dos empresários, prefeitos e o governador para combatê-la”.
Setor Cooperativo
“Goiás vai perder receita e ficará impedido de praticar políticas de desenvolvimento regional e o governo perderá sua autonomia. O IVA, imposto sobre Valor Agregado, vai onerar o agronegócio e o setor de serviços. No caso das cooperativas não estão atendendo as nossas sugestões e o que estão propondo é prejudicial”, destacou o presidente do sistema OCB/SESCOOP Goiás, Luiz Alberto Pereira.
Assessoria de Comunicação da AGM