No Fevereiro Laranja, que visa conscientizar a população sobre o combate à leucemia, a Hemorrede Pública de Goiás intensifica a campanha para doação de medula óssea. Segundo a diretora-geral da Hemorrede, Denyse Goulart, desde setembro de 2019 foram ampliados os pontos de cadastro de doadores de medula óssea para todas as unidades
do interior e na unidade móvel, além dos cadastros no Hemocentro de Goiânia, que coordena os trabalhos.
Segundo informações do Instituto Nacional do Câncer do Ministério da Saúde, Goiás registrou 188 casos de leucemia – média de 32 casos por ano, entre 2010 e 2016. Desses, 102 foram do sexo masculino e 86, do
feminino.
Segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), entre os anos 2000 e 2016, foram registrados 2.846 mortes por leucemia no Estado, dos quais 1.615 do sexo masculino e 1.231 do sexo feminino. O maior número de casos ocorreu na faixa etária de 70 a 79 anos.
A leucemia é uma doença maligna que afeta os glóbulos brancos, geralmente, de origem desconhecida. Tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.
Quem pode doar
Para ser doador de medula óssea, é necessário atender os seguintes requisitos:
– Ter entre 18 e 54 anos de idade
– Estar em bom estado geral de saúde
– Não ter doença infecciosa ou incapacitante
– Não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico
– Algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisadas caso a caso
A médica hematologista do Hemocentro, Alexandra Vilela Gonçalves, afirma que a detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar um tumor em fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento. Explica que os tratamentos indicados para a leucemia dependem do tipo e extensão da doença. A pessoa pode fazer quimioterapia, imunoterapia, radioterapia, transplante de medula óssea ou a associação de diferentes tratamentos. No caso do transplante, a medula óssea doente, ou deficitária, será substituída por células normais da medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula saudável.
As células coletadas do doador para o transplante são cadastradas no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), que reúne informações – nome, endereço, resultados de exames, características genéticas etc – de voluntários à doação de medula para pacientes que precisam do transplante.
Assessoria de Comunicação da AGM
Fonte: SECOM SES-GO