Mais de 1.100 crianças morrem, a cada ano, vítimas de afogamentos no Brasil. O número é do Ministério da Saúde e revela como o afogamento ainda se mantém como segunda causa geral de morte na faixa de 5 a 9 anos. Para evitar que novas tragédias aconteçam, em especial no período de férias escolares, o Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás tem reforçado as medidas de prevenção a afogamentos. Em todo o Estado, escolas públicas e privadas têm recebido, desde fevereiro, militares da corporação para palestras e demonstrações voltadas ao público infantil.
A ação, que já atingiu 20 mil crianças, faz parte da 42ª Operação Férias Turista Seguro 2016. A coordenação da operação pretende sensibilizar a população goiana sobre os riscos de afogamento e realizar trabalho preventivo, orientando as pessoas de como utilizar rios, lagos e piscinas com segurança. O objetivo principal é reduzir o número de afogamentos nos principais balneários e pontos turísticos do estado.
Prevenção
A facilidade com que este acidente pode ocorrer agrava-se devido a duas características principais do afogamento. Geralmente ele é rápido e silencioso. Por este motivo, a adequação no ambiente e a supervisão do adulto são essenciais para evitar este risco. Em casa, por exemplo, é importante lembrar que apenas três dedos de água em um balde esquecido na cozinha já representam perigo significativo para uma criança que está começando a andar. Elas têm cabeça mais pesada e gostam de brincar com água, podem se virar e não conseguir voltar.
Apenas dez segundos são suficientes para que a criança fique submersa na banheira; dois minutos são suficientes para que a criança, submersa, perca a consciência e de quatro a seis minutos bastam para que a criança fique com danos permanentes no cérebro. Além da supervisão total do adulto, outras medidas podem evitar este acidente: usar colete salva-vidas, esvaziar e armazenar em locais altos os baldes, bacias e banheiras após o uso, fechar vasos sanitários e banheiros, tampar ou esvaziar os tanques e esvaziar piscinas infantis. O Corpo de Bombeiros acredita que as crianças que participam das palestras podem atuar como agentes multiplicadores da cultura prevencionista.