A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás discutiu em uma audiência pública realizada na última quarta-feira (15), o Transplante de Órgãos e Tecidos em Goiás, a situação atual e as perspectivas. O debate foi proposto pelo deputado Lincoln Tejota, que também é presidente da Comissão de Saúde da Alego.
Além do deputado participaram da audiência o presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), Roberto Manfro, superintendente da Superintendência de Acesso a Serviços Hospitalares e Ambulatoriais (Suprass) da Secretaria de Estado da Saúde, Cleudes Bernardes da Costa, o Baré, que na oportunidade representou o secretário Leonardo Vilela, e professor José Aluísio Ferreira Lima, presidente do Projeto Pulsar.
Segundo o superintendente Cleudes Baré, ?Goiás tem um potencial enorme para ampliar o número de transplantes?. ?Temos profissionais capacitados, hospitais preparados e outros sendo equipados. É uma determinação do governador Marconi Perillo e do secretário Leonardo Vilela para que nós, enquanto responsáveis por essa superintendência, apresentemos soluções que visem dar celeridade a esses transplantes?, disse.
Um dos aspectos debatidos na audiência foi a participação do terceiro setor enquanto colaborador do processo de ampliação do número de transplantes. Segundo Baré, em Goiás, está justamente no terceiro setor, enquanto organizações sociais que administram as unidades estaduais, a possibilidade de desburocratizar a realização dos transplantes. ?Queremos efetivamente, com este setor, ampliar essas parcerias porque elas desburocratizam as ações e também o custeio dos transplantes?, finalizou.
Para o deputado Lincoln Tejota a audiência foi esclarecedora pois, por meio dela, identificou-se as limitações do Estado, o potencial, e como, dentro da rede nacional, Goiás pode melhorar seus números com relação ao transplante de órgãos e tecidos. ?Os desafios estão identificados e agora podemos trabalhar para desmistificar a mente da população, que ainda é um dos maiores obstáculos. A recusa da família ainda é grande e precisamos trabalhar esse receio com campanhas específicas, esclarecendo sobre a necessidade de doar?, pontuou.
Roberto Manfro disse que a forma de transformar essa cultura de medo do transplante é com confiança. ?Precisamos fazer com que as famílias confiem nos dados apresentados, que elas tenham certeza de que, ao doar, estão fazendo o melhor. Com isso podemos reduzir a recusa das famílias?, afirmou.